Muitos filósofos e estudiosos afirmam que a imaginação é mais importante que o conhecimento. Portanto a tão sonhada diversificação econômica de Itabira e outras cidades mineradoras como São Gonçalo e Barão de Cocais depende da imaginação dos seus líderes e da suas populações.
Há alguns anos imaginou-se que Itabira e João Monlevade se tornassem cidades universitárias. De fato, isso é uma realidade com a UNIFEI, UFOP e UEMG. Sem contar as escolas particulares como Doctum, UNA e a Unifuncesi. São cerca de 10 mil alunos, destes, boa parte de outras cidades e estados.
Em um recente estudo do DataMG Centro de Informação e Pesquisas um estudante da UNIFEI gasta em Itabira em média R$ 1.000,00(mil reais) por mês. Um incremento mensal de aproximadamente de R$ 2 milhões de reais na economia local considerando o universo de dois mil alunos de outras cidades. Este recurso é direcionado principalmente para os mercados imobiliários, de alimentação e transportes.
Medicina em Itabira
No momento a Unifuncesi pleiteia o curso de medicina para Itabira. Leia mais. As tratativas estão avançadas no MEC e a faculdade está otimista com o assunto. Um estudo mostra que um único estudante de medicina pode movimentar mais de meio milhão de reais, com mensalidades e despesas do curso, no período de 6 anos de estudos.
Outra novidade é a Unifei que consolida sua posição na área de tecnologia.
Dois novos cursos estarão à disposição dos estudantes em breve. Ciência e Tecnologia, que será a distância. e Matemática Tecnológica poderão trazer para a região mentes capazes de criar algoritmos, robôs e todo de tipo de conhecimento da Nova Economia. Saiba aqui.
Portanto qual será o destino dessas ações? No futuro a região terá um polo de empresas de tecnologia? Poderá se instalar industrias voltadas para construção de carros elétricos como em Nova Lima? Haverá start ups que irão desenvolver projetos para o agronegócio e para construção civil, como o asfalto de rejeito de barragens? Sendo assim, como escritor e administrador Peter Drucker disse: “a melhor maneira de prever o futuro é cria-lo”
Problemas na disciplina
Porém nem tudo são flores, uma situação limita a produtividade do estudante da UNIFEI em Itabira. A falta de organização dos horários das aulas. Alguns alunos frequentam as aulas na segunda feira pela manhã, na terça vão à tarde, enquanto na quarta vão à noite. Na quinta voltam pela manhã e sexta a tarde.
Ou seja, não conseguem exercitar o “músculo da disciplina”. Criam vícios de horários que certamente podem prejudicar sua produtividade. Os próprios alunos reclamam dos horários “alternativos” da Unifei Itabira.
As empresas também questionam essa falha na formação do universitário. Certa vez um empresário da construção civil nos contou: “Um estagiário da UNIFEI, alguns, não todos, não tem disciplina de horário. Querem chegar na obra 9hs da manhã. O serviço começa às 7h, perdem 2 horas de trabalho. Assim fica difícil contratá-los.”